Usando testes automatizados, é possível expandir o processo de validação do software e aumentar a cobertura dos testes. Entretanto, existem diversos desafios em introduzir a automação. Sem superar devidamente esses desafios, a automação pode fracassar.

O objetivo deste texto é apresentar os cinco desafios mais comuns durante o desenvolvimento da automação de testes. Quanto mais cedo estes obstáculos forem compreendidos, mais fácil será lidar com eles.

1. Comunicação e Colaboração

Este talvez seja um desafio não apenas para equipes de automação de testes, mas para as de testes manuais também. Mesmo assim, é um problema mais grave para a equipe de automação de testes, visto que no dia a dia, a comunicação e a colaboração são mais essenciais. Como se sabe, automação de testes é um projeto. Como todo projeto, é preciso ter a equipe toda focada no mesmo objetivo e metas, que neste caso é o desenvolvimento da automação de testes. Para isso, a habilidade de comunicar os dados, informações, opiniões, críticas e afins é fundamental.

É preciso manter a equipe focada no mesmo resultado, ter as metas e objetivos bem traçados. Analistas de automação não tem que falar apenas com desenvolvedores, analistas de negócios e gerentes de projetos sobre os planos, escopos e prazos, eles lidam com uma gama maior de pessoas. É definir com os testadores manuais, desenvolvedores e técnicos de arquitetura quais testes devem ser automatizados. Devido a isso, saber manter uma colaboração e comunicação objetiva e clara entre as equipes de desenvolvimento e as de gerência é um dos fatores primordiais para o sucesso da automação de testes.

2. Escolhendo a ferramenta certa

Hoje em dia, existe uma grande variedade de ferramentas de testes, gratuitas e open source como Selenium e outras ferramentas comerciais como TestComplete. Cada ferramenta é útil para uma situação específica.

Fizemos um guia das 10 ferramentas de automação mais usadas, confira: http://www.primecontrol.com.br/10-ferramentas-de-automacao-de-testes-mais-usadas/

Vale sempre ressaltar a importância de pesquisar bem sobre as ferramentas, para evitar comprar ou investir tempo no aprendizado de algo que não trará o resultado esperado. Faça uso de guias e avaliações, tire dúvidas com que já usou a ferramenta, todo o tipo de informação é importante para garantir que a escolha seja bem feita.

3. Certifique-se de que tenham a habilidade necessária

A ferramenta certa de automação de testes foi escolhida, e agora? Parece óbvio, mas às vezes as equipes esquecem de se certificar de que possuem alguém capacitado a usar a ferramenta corretamente. Automação de testes demanda um de conhecimento específico. Não é qualquer testador que consegue extrair o melhor da ferramenta de automação. É preciso conhecer a estrutura dos frameworks e como implementá-los.

4. Escolhendo a abordagem certa

Ferramenta, ok. Profissional certo, ok. Agora é preciso acertar a abordagem na hora de escrever os scripts para os testes automáticos. Este é um dos maiores desafios para os engenheiros de automação de testes. Leve as seguinte perguntas em consideração:

  • Como reduzir o esforço na implementação e manutenção dos scripts?
  • As suites dos testes automáticos terão uma vida útil longa?
  • Como extrair dos testes relatórios e métricas úteis?

Com um ciclo de desenvolvimento ágil, o software testado passa por muitas mudanças ao longo do processo de desenvolvimento. Portanto, é importante saber criar e implementar os suites dos testes, para facilmente identificar as mudanças no software e rapidamente conseguir atualizá-los. O ideal é encontrar uma solução que consiga identificar essas mudanças automaticamente e que atualize os testes na sequência, sem necessitar de intervenção humana.

Pensando em reduzir a necessidade de manutenção e aumentar a vida útil dos scripts de automação, é fundamental priorizar os testes unitários. Testes na camada de interface devem ser evitados ao máximo, pois sua execução é mais lenta e sua manutenção é maior.

5. Investimento elevado

No contexto de ambientes ágeis, é de extrema importância realizar testes de regressão automatizados. Mesmo com essa relevância, automatizar os testes é um investimento pesado. Os custos vão além da licença das ferramentas. A mão de obra necessária para elaborar a construção e a manutenção de um framework também pesa no orçamento. Quando bem feita, a automação de testes é um investimento de retorno certo. Ela pode resguardar toda a empresa de sérios problemas decorrentes de bugs e falhas de segurança. No entanto, é importante ter uma visão realista e sempre alocar uma parte do orçamento de cada projeto, para a automação de testes. Essa é uma prática estratégica e gerencial presente nas organizações que são atualmente uma referência em qualidade de software.

Conclusão

Estes desafios não são encontrados exclusivamente na área de automação de testes, mas são muito comuns neste campo. Se sua equipe não tiver os recursos suficientes para lidar com os desafios apontados, a chance de êxito do projeto de automação é mínima. Em equipes cada vez mais ágeis, a automação de testes é primordial para atingir o máximo de performance.

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